quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Aos 14, aluno de escola pública passa em medicina na Federal

Adolescente quer cursar medicina aos 14 anos com nota do Enem

Média final foi de 750,98, dentro da margem de corte do Enem 2014.
Se aprovado no curso, a família vai pedir na Justiça a conclusão do 2º grau.


José Victor Menezes Teles está confiante que pode entrar no curso de medicina (Foto: Marina Fontenele/G1)José Victor Menezes Teles está confiante que pode entrar no curso de medicina (Foto: Marina Fontenele/G1)
Aos 14 anos, José Victor Menezes Teles pode estar próximo de alcançar o sonho de cursar medicina na Universidade Federal deSergipe (UFS).
A pontuação necessária para pleitear uma vaga ele conseguiu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do fim do ano passado, mas somente uma decisão da Justiça pode autorizar ele utilizar a nota como comprovação de conclusão do 2º grau e, se selecionado, já iniciar as aulas do curso superior.
O jovem que teve um desempenho considerado exemplar ainda está cursando o 1º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Murilo Braga no município de Itabaiana (SE). A média final foi de 750,98, na redação a nota foi 960,0.
“Se comparar com a nota de corte para 2014 na UFS eu tenho pontuação suficiente para entrar para o curso de medicina no segundo lugar no Grupo E, de escolas públicas e com renda livre, sem distinção de classe social”, afirma o adolescente.
O garoto sempre quis ser médico e sabia que para isso teria que se esforçar. Ele estudou assuntos que ainda não viu na escola para fazer o exame que tem conteúdos de todo o Ensino Médio. “Passei o ano passado estudando para o Enem, além do conteúdo dado em sala de aula. Era uma média de três horas por dia só resolvendo questões de provas anteriores, sem dúvida a técnica para estudar e armazenar o conhecimento foram decisivas para o meu desempenho. É preciso saber organizar o tempo e também se preparar para saber como será a prova no dia”, destaca.
A disciplina e o interesse pelo conhecimento surgiu em casa com o incentivo dos pais que são professores da rede estadual de português e inglês. “Eles me deram dicas de como me organizar e procurei vídeo-aulas na internet, livros complementares e fui a algumas aulas do curso pré-vestibular da Secretaria de Estado da Educação (Seed) por fora, mesmo sem estar matriculado, como aluno assistente”, revela. O esforço também teve recompensa em 2014, quando José Victor foi medalhista na Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas (Obemep).
“É gratificante perceber que ele está a alguns passos de realizar esse sonho e isso é motivo de muita alegria e satisfação para mim e para a nossa família”, comemora o pai do garoto, José Mendonça.
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