Bruno Caru, presidente da Sociedade Italiana de Cardiologia Esportiva, afirma que este foi o motivo da convulsão antes da final contra a França.
Uma história sem fim. Voltou à tona nesta quinta-feira na Itália a discussão sobre o que teria acontecido com Ronaldo horas antes da final da Copa do Mundo de 1998, entre Brasil e França, vencida pelos fanceses, por 3 a 0.
A polêmica foi requentada por Bruno Carù, presidente da Sociedade Italiana de Cardiologia Esportiva, e ele garante que o problema do Fenômeno foi cardíaco. Em entrevista a um programa de televisão da Itália, que irá ao ar nesta sexta-feira, Caru afirma que analisou os relatórios dos médicos franceses que atenderam o craque brasileiro, juntamente com Piero Volpi, médico do Inter de Milão, clube de Ronaldo na época.
- Ronaldo estava deitado para assistir a uma corrida de Fórmula 1 e, sem perceber, ao longo do tempo inclinou a cabeça forçando o pescoço e comprimindo o glômus carotídeo, um pequeno órgão do tamanho de um grão, responsável pela regulação da frequência cardíaca e a pressão arterial. Ronaldo depois teve uma queda súbita no batimento cardíaco e na pressão, desmaiando com as convulsões - disse Carù, de acordo com o site italiano "Mediaset".
No hospital, Ronaldo foi submetido a uma série de exames, inclusive um eletrocardiograma. É neste ponto que o médico italiano se concentra para sustentar sua argumentação:
- O jogador foi submetido a um conjunto abrangente de exames, mas como bem sabemos os médicos, um neurologista não perde tempo para estudar um eletrocardiograma. Ao contrário, talvez nem mesmo leia, o que fizemos eu e o doutor Volpi.
O eletrocardiograma dá mostras de como Ronaldo, para superar a crise, teve uma frequência cardíaca de dezoito batimentos por minuto, o que significa que no momento da crise auemtou a atividade elétrica e mecânica do coração.
Os médicos abraçaram o diagnóstico de uma crise epilética e ministraram Gardenal, um medicamento forte bom para a epilepsia, mas não para os problemas cardíacos.
Ou seja, um sedativo profundo, que foi usado por Marilyn Monroe para cometer suicídio, e que tem o efeito de reduzir ao máximo a atividade cerebral. Isso explica por que jogou tão mal a final e também as imagens do jogador caindo no dia seguinte na escada do avião que o levou de volta ao Brasil, como um bêbado, pois era incapaz de manter o equilíbrio.
O que Carù não explica é como Ronaldo conseguiu jogar por mais de dez anos, inclusive muito acima do seu peso, no fim da carreira, no Corinthains, sem apresentar qualquer problema cardíaco.