Publicação: 30/03/2013 08:21 Atualização: 30/03/2013 11:40
Multidões em Pyongyang em foto divulgada no dia 29 de março. Foto: © KCNA/AFP Kns |
A Coreia do Norte vem ameaçando seus adversários com ataques quase diariamente, mas analistas não descartam o risco de guerra. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnestm disse que a retórica apenas aprofunda o isolamento do país comunista.
Os Estados Unidos condenaram a "retórica belicosa" dos norte-coreanos. A Rússia advertiu que a troca de ameaças pode criar um "círculo vicioso". As Coreias do Sul e do Norte estão tecnicamente em guerra desde 1953 - quando a guerra acabou sem a assinatura de um armistício. A tensão na península coreana aumentou desde que Pyongyang fez seu terceiro teste nuclear, em 12 de fevereiro - que resultou na imposição ao país de novas sanções internacionais.
Uma declaração divulgada pelo governo da Corea do Norte neste sábado (noite de sexta-feira (29) no Brasil) diz: "Daqui para frente, as relações Norte-Sul entrarão em um estado de guerra e todos os assuntos levantados entre o Norte e o Sul serão lidados conforme [essa situação]".
"A duradoura situação da Península da Coreia de não estar nem em paz nem em guerra finalmente acabou ". Entre as ameaças recentes de Pyongyang estava um "ataque nuclear preventivo" contra os Estados Unidos.
Na quinta-feira (28), a mídia da Coreia do Norte informou que o líder Kim Jong-un "decidiu que é hora de acertar as contas com os imperialistas dos Estados Unidos". Ele condenou o sobrevoou de aviões bombardeiros B-2 americanos - com capacidade de transportar armas nucleares - sobre a Coreia do Sul. Disse que os EUA pretenderiam iniciar uma guerra nuclear na península.
Pyongyang nomeou bases americanas no Havaí, Guam e Coreia do Sul como seus alvos potenciais. A mídia da Corea do Norte exibiu imagens de milhares de militares e estudantes em uma manifestação de apoio às declarações de Jong-un.
Os EUA já haviam enviado aviões B-52 à Coreia do Sul no início do mês como uma resposta às ameaças de Pyongyang. Representantes da China e da Rússia fizeram um apelo pelo alívio das tensões na região.