A Operação Tela Plana II, deflagrada na última terça-feira (14), apreendeu mais de 350 eletroeletrônicos frutos de roubos e que eram vendidos nas unidades da rede Laser Eletro em Pernambuco. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), este é o maior golpe do Brasil em número de vítimas lesadas e fabricantes que sofreram com ação criminosa. O resultado da ofensiva foi divulgado pelo Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), na manhã desta quarta (15).
O valor das mercadorias chega a R$ 300 mil, mas o prejuízo para os fabricantes pode chegar a R$ 6,5 milhões, já que, segundo a Polícia, outras cargas roubadas já tinham sido adquiridas pela Laser Eletro de uma distribuidora com sede em Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Em setembro, 46 televisores LED de uma carga roubada em Minas Gerais já tinham sido apreendidos em lojas da rede.
Desta vez, 284 aparelhos de som, 41 televisores, 10 impressoras, sete câmeras fotográficas, cinco aparelhos de DVD, quatro aparelhos de vídeo game, três tablets e um home theater foram apreendidos na segunda edição da Tela Plana II. O recolhimento foi possível graças a denúncias de vários fabricantes. Mercadorias da Semp Toshiba, da Sony, da HP, da Microsoft, da Panasonic e da AOC foram recuperadas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 33 lojas da rede no Estado. Outras 137 unidades espalhadas pelo Nordeste também devem ser investigadas.
O dono da Laser Eletro, o chinês naturalizado brasileiro Tzeng Guo Uen, foi preso na tarde da última segunda (13) pela venda dos produtos. Ele, que havia passado 13 dias detido, conseguiu um habeas corpus para responder pelo crime em liberdade. Mas, conforme a Polícia, por ele ser estrangeiro, temia-se que o empresário fugisse do País, o que justificou a necessidade de pedir a prisão preventiva.
Os consumidores que compraram alguma mercadoria dos lotes roubados que eram comercializados pelas lojas devem levar o material para a Polícia. Segundo o Depatri, a Laser Eletro fornecia notas fiscais – que também devem ser mostradas pelos clientes às autoridades –, mas a distribuidora, que deveria receber o documento direto dos fabricantes, não o tinha. A identificação de que o produto é roubado será feita pelo número de série.