Um terremoto de 8,2 graus de magnitude na costa do Pacífico mexicano, o maior em 100 anos, deixou mais de trinta mortos nos Estados de Oaxaca, Tabasco e Chiapas na quinta-feira à noite e foi sentido em grande parte do território, incluindo a capital.
O tremor aconteceu a quase cem km da costa, perto da cidade de Tonalá, pouco antes da meia-noite (horário local) a uma profundidade de 58 quilômetros, e foi o mais forte registrado no país em cem anos. O México fica entre cinco placas tectônicas e é um dos países que registra maior atividade sísmica no mundo.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, advertiu ainda que é provável que nas próximas 24 horas aconteça uma forte réplica do terremoto --de nível superior a 7 graus. Desde a noite de quinta, o país já teve mais de cem tremores de menor intensidade, segundo a agência nacional de sismologia.
Na costa do Pacífico central e sul do México, um alerta de tsunami foi ativado para a possibilidade de ondas de até quatro metros. Oito países foram alertados para as ondas que devem atingir as áreas costeiras ao longo do dia.
Até a manhã desta sexta, as autoridades confirmaram a morte de 32 pessoas, sendo 23 delas em Oaxaca, sete em Chiapas e outras duas em Tabasco.
As autoridades locais afirmam que os números ainda devem mudar pois há relatos de pessoas desaparecidas e buscas estão sendo realizadas, segundo a imprensa mexicana.
O Sistema Estatal de Defesa Civil informou que as áreas com maiores danos relatados são Tonalá, San Cristóbal de las Casas e Comitán de Domínguez, onde há casas danificadas, prédios com problemas estruturais causados pelo tremor e muros derrubados.