ANDRÉ CLEMENTE, da Folha de Pernambuco
Peu Ricardo/Arquivo Folha
Começam nesta segunda-feira (17) as primeiras movimentações de construção da fábrica da Fiat em Goiana, na Zona da Mata Norte do Estado. Mesmo sendo apenas a implantação do que será o canteiro de obras, Governo do Estado e montadora defendem ser a primeira etapa da obra civil, levando em consideração a amplitude da planta. Informações extraoficiais dão conta de que se trata da estrutura de escritórios de campo que as equipes da Fiat vão ocupar durante a construção da nova fábrica para receber equipamentos e acompanhar o processo construtivo. O espaço ficará em uma área de oito hectares. A construtora Quality Empreendimentos executará essa primeira etapa após vencer processo de concorrência.
A Fiat e a construtora não informaram o orçamento desta primeira etapa, devido à cláusula de confidencialidade contratual, uma prática comum em setores muito concorrenciais. O terreno disponível para o empreendimento é de 1,4 mil hectares, sendo uma área de 280 mil metros quadrados (m²) destinada para a fábrica. De acordo com a montadora italiana, a fábrica terá volume de produção diária de 800 a mil carros - número que equivale entre 200 mil e 250 mil carros mensais. No espaço, também será erguido um campo de provas de 550 hectares, que servirá como um laboratório a céu aberto para testar todas as variáveis dos automóveis. Do total, 160 hectares já foram terraplanados, permitindo o início da construção, que, quando atingir seu pico, vai gerar cerca de sete mil empregos diretos.
O empreendimento do grupo está inicialmente avaliado em R$ 3,5 bilhões. O montante inclui fábrica, campo de provas e centro de distribuição (CD) e um centro de pesquisas. O CD ficará no Porto de Suape. As cartas-consulta enviadas às instituições financeiras preveem recursos de R$ 7,2 bilhões. A chegada do fabricante deve promover a geração de 50 mil empregos em Pernambuco.