quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
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Mesmo com o PMDB na base de Dilma, Raul Henry prefere apoiar candidatura de Eduardo Campos
Foto: BlogImagem
Por Débora Duque
No Jornal do Commercio desta quinta-feira
A ofensiva do governador Eduardo Campos (PSB) sobre o PMDB nacional recebeu o aval do deputado federal e secretário-executivo do partido no Estado, o deputado federal Raul Henry. Embora, ao longo do último ano, tenha se aproximado da cúpula nacional da legenda, Henry negou qualquer constrangimento com a posição externada pelo governador na última segunda-feira (28) e afirmou que a sigla não representa "nada" para a sociedade em termos de "projeto para o País".
"Eu acho que a constatação dele (Eduardo Campos) é verdadeira. O PMDB, hoje, não tem uma identidade política nacional e não representa nada para a sociedade como projeto de País", disse ao JC. Em entrevista ao jornal Cinform, de Sergipe, o governador fez sua primeira crítica direta à aliança PT-PMDB na esfera nacional.
"Há um grande risco para quem monta uma coalização para governar quando a aliança política não corresponde à aliança social feita para ganhar eleição. Acho que a expressão que o PMDB começa a tomar nessa aliança é muito maior do que o PMDB representa na sociedade brasileira e isso um dia será resolvido, ou pelos políticos, ou pelo povo", declarou, na ocasião.
Negando a "saia-justa", Raul Henry lembra que, em 2011, ajudou a formular a corrente Afirmação Democrática dentro do PMDB, formada por dissidentes das diretrizes nacionais da legenda. No ano passado, porém, Henry procurou reaproximar-se dos principais caciques do partido quando ainda projetava disputar a eleição municipal do Recife.
Agora, também está envolvido na campanha do candidato da legenda, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), à presidência da Câmara. Na semana passada, ele chegou a organizar um encontro da bancada pernambucana com o parlamentar. "Entendemos (os dissidentes) que precisamos lutar pelo resgate do partido dentro do partido, e isso envolve uma relação com a direção partidária. O partido está estigmatizado, com uma imagem fisiológica", justificou.
Caso essa briga entre Eduardo e o PMDB nacional se intensifique com vistas a 2014, Henry priorizará a aliança com o PSB local. Já adiantou, inclusive, que se a candidatura presidencial do governador prosperar, ele irá defender o apoio do partido ao socialista na instância nacional. "Ainda há um longo processo, mas já disse que Eduardo está maduro e pronto para ser candidato. Se ele se lançar, defenderei o apoio a Eduardo aqui em Brasília", destacou.