Delegado Hilton Lira |
O Delegado Hilton Lira, Titular da 45ª Circunscrição Policial, Município do Carpina, concluiu nesta quinta-feira, dia 22 de agosto de 2013, o inquérito policial que investigou a morte do Sr. Fernando Antonio Lopes Leite Filho, ocorrida em razão das lesões sofridas em um acidente ocorrido em uma corrida de kart realizada naquela cidade no dia 2 de junho de 2013.
O kart que a vítima pilotava colidiu saiu descontrolado da pista e colidiu com um dos inúmeros postes que margeavam o circuito, tendo o piloto sido arremessado do veículo contra a estrutura de concreto tendo sofrido múltiplas lesões e que apesar de ser socorrida ao hospital local, não resistiu a gravidade dos ferimentos e veio a óbito.
O fato obteve muita repercussão na mídia local, regional, nacional e até internacional. Inclusive com a veiculação de diversos vídeos na internet e em programas televisivos que registraram o exato momento do acidente.
Várias pessoas foram ouvidas, dentre elas organizadores, competidores, patrocinadores, representante da prefeitura local, representante da federação pernambucana de automobilismo, perícias foram realizadas, assim como os vídeos foram capturados e analisados visando esclarecer a responsabilidade criminal pelo falecimento do piloto.
O delegado concluiu pelo indiciamento dos dois organizadores da corrida, o Sr. ADEVÂNGINO DA SILVA BASTOS, conhecido como “PITÔTA”, de 45 anos de idade, e EDILSON PEDRO DA SILVA, de 40 anos de idade, pela prática do crime de HOMICÍDIO CULPOSO e ESTELIONATO.
Segundo o relatório do delegado, a corrida teria sido realizada sem as mínimas condições de segurança, tanto para os competidores quanto para os espectadores, em local totalmente inapropriado e sem a observação de qualquer regra técnica para a prática da atividade.
A morte do piloto teve consequência direta da falta de segurança da corrida, onde inclusive outros acidentes, de menor porte, já haviam acontecidos antes do que veio a ceifar a vida da vítima.
Entendeu também o Delegado Hilton Lira que os organizadores incorreram na prática de estelionato, porque promoveram, divulgaram e obtiveram vantagem econômica indevida cobrando inscrição e cotas de patrocínios com a realização de uma corrida clandestina, não reconhecida pelos órgãos competentes, mas que a promoveram como sendo uma corrida oficial, que faria parte de um suposto “circuito interiorano de kart”, fato este inexistente, induzindo as pessoas a erro.
O inquérito policial segue agora para o Ministério Público do Estado de Pernambuco, por intermédio de uma das Promotorias de Justiça na Comarca do Carpina.
Com informações da DEPOL - Carppina