Em entrevista para a Folha, o presidente do Santos, Odílio Rodrigues, disse que não tem um prazo máximo para realizar o duelo é que considera a oportunidade como uma forma de aprendizado para o futebol brasileiro.
"O prazo para o segundo jogo é enquanto o Neymar estiver lá e podemos sugerir uma data que seja de julho a setembro. Se o amistoso não for realizado por um desejo que não dependa do Santos, então somos indenizados. A gente tem conversado sobre a possibilidade de tratar desse amistoso porque entende que a elite do futebol, do ponto de vista técnico e tático, está na Europa", argumentou o cartola.
"O Brasil tem só o material humano. Como no passado os europeus vinham aprender com a gente aqui, temos de ter humildade para agora ir aprender com eles lá. Isso só é possível com intercâmbio e, por isso, defendemos também uma mudança no calendário."
O primeiro amistoso teve consequências extra-campo para o Santos, que regressou da Europa com a pior crise desde 2008. Os críticos da gestão articularam até mesmo um pedido de Impeachment do então presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
A crise só foi estacanda após o mandatário se licenciar do cargo e o time ascender na tabela do Brasileiro --deixou a zona de rebaixamento e se aproximou do G-4.
Odílio Rodrigues disse à Folha que o problema do amistoso anterior foi a falta de atitude dos jogadores do Santos diante do Barcelona.
"Perder para o Barcelona é normal, não é nada absurdo. O que o Santos não aceitou foi a forma como se deu a derrota. A falta de atitude, a falta de reação do time. Não é nem o placar, é a forma como se deu. Aconteceu algo muito estranho. Por isso tivemos reunião com técnico e jogadores para cobrar uma conduta", afirmou o cartola.
"O São Paulo jogou com o campeão da Europa, o Bayern de Munique, e perdeu de 2 a 0, na Alemanha, mas uma derrota administrável e que resultou numa partida boa para o São Paulo e para os jogadores. Isso é necessário. O Santos defende esse intercâmbio e pretende fazer amistosos com uma porção de clubes."
NEGOCIAÇÃO
Alguns conselheiros são contrários a realização de um novo amistoso com o Barcelona. Argumentam que o time do Santos enfraqueceu muito após a final do Mundila de Clubes de 2011 entre as equipes enquanto o rival só se fortaleceu.
Também defendem que o Santos, por ser um clube com imagem positiva no exterior conquistada pela geração Pelé, deveria se preservar.
A inclusão de dois amistosos foi uma forma de o Barcelona aumentar a oferta por Neymar. Um dos argumentos apresentados pelo clube catalão para realizar o jogo foi de que a disputa ajudaria na "internacionalização" da marca santista.
Com Informações da Folha de São Paulo