Em entrevista à Rádio Bandeirantes no fim da manhã desta sexta-feira (14), o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, afirmou que Porto Alegre corre risco de perder o direito de ser sede da Copa do Mundo de 2014. O motivo é o impasse em relação à construção das estruturas temporárias em volta do Beira-Rio, exigidas pela FIFA. O valor deveria, por contrato, ser bancado pelo Inter, mas o clube negocia com a prefeitura de Porto Alegre e com o governo do Rio Grande do Sul para que os governos banquem ao menos parte do investimento.
“A negociação é complexa. Se o problema não for resolvido, corremos o risco de perder a Copa do Mundo, e ele não é pequeno”, alertou Luigi, pressionando o governo do RS e a prefeitura de Porto Alegre. “O Internacional se dedicou nesses dois anos a receber a Copa. Deixou de atuar no seu estádio, vai ceder o Gigantinho, o Centro de Eventos, o edifício garagem e a loja do estádio. Já demos uma contribuição extraordinária”, completou.
As palavras de Luigi vêm após uma semana cheia de negociações complicadas entre as partes, sem grandes avanços. A estimativa é que as estruturas temporárias exigidas pela FIFA girem em torno dos R$ 30 milhões. O acordo assinado em 2009 pelo próprio Inter prevê que o clube arque com esses valores, mas Luigi alega que o Colorado já colaborou de outras formas. Por isso, está em andamento a renegociação.
Porto Alegre receberá cinco jogos na Copa de 2014: França x Honduras, Argélia x Coreia do Sul, Argentina x Nigéria, Holanda x Austrália e um confronto das oitavas de final, que pode ter a seleção da Alemanha, caso ela seja líder de sua chave. O Beira-Rio será reinaugurado neste sábado, com o jogo entre Internacional x Caxias, pelo Gauchão.
