Muito além do barulho que envolve a adesão oficial do PSDB ao governo de Eduardo Campos, poderemos ter uma situação inusitada na tal base governista.
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o deputado tucano Sérgio Guerra podem perfeitamente se encontrarem no chapão da Frente Popular.
O peemedebista, é o que se comenta nas coxias da aliança, não teria chance de ficar com a vaga de senador – embora o PMDB já tenha colocado o seu nome publicamente para a reeleição.
A diputa pela Câmara pode ser, então, a opção que restará a Jarbas.
Por sua vez, Guerra é candidatíssimo à reeleição. Ainda mais agora que, pela suas contas, o PSDB, após a adesão, será turbinado.
Ironia do destino, os dois que romperam relações políticas e pessoais em 2010, podem disputar espaço e votos sob mesmo manto do eduardismo quatro anos depois.
Naquele ano, Jarbas concorreu ao governo tendo o PSDB como aliado. Guerra, então senador e presidente nacional da sigla tucana, não aceitou compor a chapa majoritária.
Alegando que precisaria dar carga à candidatura de José Serra ao Planalto, desistiu de concorrer ao Senado. Lançou-se para a Câmara e foi eleito.
Jarbas sofreu derrota fragorosa para Eduardo, de quem é hoje aliado.
Em 2002, então governador e candidato à reeleição, Jarbas foi reeleito tendo Guerra e o ex vice-presidente da República Marco Maciel como companheiros de chapa.
Na época, o jingle “É Jarbas, Marco Maciel e Sérgio Guerra juntos pelo bem da nossa terra” fez sucesso e garantiu votos. Maciel e o tucano foram eleitos para o Senado.