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Terminou de forma melancólica a Copa de 2014 para a seleção brasileira. Neste sábado, em Brasília, o time de Luiz Felipe Scolari perdeu a disputa de terceiro lugar para a Holanda por 3 a 0 e ficou sem medalha no segundo Mundial em que foi anfitrião.
Final de uma campanha medíocre e com recordes negativos e históricos. Foram sete jogos disputados e apenas três vitórias, sendo que uma com a ajuda do juiz (Croácia) e outra diante da pior seleção da Copa (Camarões).
Foram 14 gols sofridos. Nunca o Brasil havia levado tantos gols numa Copa. Sete apenas diante da Alemanha, naquela que foi a derrota mais dilatada da história quase centenária da equipe. que talvez viva hoje a maior crise técnica.
E que não pode reclamar de falta de apoio dos torcedores. Mesmo com mais uma atuação medíocre, os torcedores que foram ao estádio Mané Garrincha ficaram juntos com o time na maior parte do tempo. Só quando a derrota parecia definitiva desistiu da equipe: aos 42min do segundo tempo, gritos de olé nas trocas de passes dos holandeses.
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Para a Holanda, além da medalha de bronze, fica o consolo de uma campanha sem derrotas, fato inédito na história da equipe em Copas.
Felipão mudou de forma radical o time que foi humilhado pela Alemanha nas semifinais. Foram cinco mudanças, sendo que só uma, a volta de Thiago Silva, que estava suspenso, no lugar de Dante, foi natural.
O treinador sacou Marcelo, Fernandinho, Hulk e Fred. E colocou Maxwell, Ramires, Willian e Jô. Na teoria, um time mais forte no meio-campo, justamente o que faltou contra os alemães. Neymar, com a fratura na vértebra, vestiu o uniforme e ficou no banco
Do lado holandês, Louis Van Gaal manteve a base da equipe, apesar do desfalque de Sneijder de última hora. E o jogo começou com o Brasil dando vexame de novo.
A defesa estava cheia de buracos e, logo aos 2 minutos, Robben entrou livre. Foi derrubado fora da área, mas o juiz argelino errou e marcou pênalti, cobrado um minuto depois por Van Persie, que chutou no ângulo de Júlio César e abriu o placar.
De novo a missão de armar o time ficava com os zagueiros, que abusavam dos chutões. E David Luiz ajudou de forma bizarra a Holanda a marcar o segundo gol.
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Em cruzamento da direita, o zagueiro cabeceou para o meio da área, quase fazendo uma assistência para Blind dominar e chutar forte para vazar Júlio César outra vez.
Perto de outro vexame histórico, a seleção começou a se lançar para o ataque no desespero, sem estratégia. E ainda dava espaço para os holandeses contra-atacarem. Com lugares vazios, o Mané Garrincha resistia em vaiar a atuação brasileira. Só perto dos 30min os torcedores começaram a se queixar. Quando aparecia no telão, Felipão era vaiado.
A Holanda dava chances ao Brasil em lances de bola parada, já que fez seguidas faltas perto de sua área. Mas os cruzamentos não eram aproveitados pelos brasileiros. E o jogo foi para o intervalo com 2 a 0 para os holandeses e muitas vaias para o time de Felipão.
O treinador mudou a equipe para o segundo tempo. Fernandinho entrou no lugar de Luiz Gustavo. Não funcionou. O Brasil não conseguia chegar perto do gol rival. Aos 12min, nova tentativa, com Hernanes substituindo Paulinho.
Os europeus ficavam menos com a bola, mas eram quem tinham as melhores chances. E o Brasil insistia em uma triste marca da sua campanha: tentar cavar pênaltis. Aos 23min, foi a vez de Oscar, que levou amarelo pela simulação.
O jogo se arrastava, com erros dos dois lados. Mas ainda deu tempo para a Holanda marcar o terceiro, aos 46min, com Wijnaldum.
A seleção volta agora a se reunir em setembro, em amistoso contra a Colômbia, nos Estados Unidos. Pode ser o reencontro de Neymar com Zúñiga, que tirou o brasileiro da Copa em jogo pelas quartas de final.