Novos clarões foram vistos no céu, por volta das 23h desta quarta-feira (17), e, em seguida, moradores de vários bairros do Recife, Região Metropolitana e cidades do interior relataram, através das redes sociais, estar sem energia elétrica. Em algumas áreas, o fornecimento foi restabelecido em poucos minutos. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) admitiu problemas em duas subestações, no Bongi e no Curado. Ainda não há previsão para que a energia seja normalizada em todas as áreas atingidas.
A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) informou que a falha no abastecimento é de responsabilidade da Chesf. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que administra a rede básica de energia, disse não ter notificado nenhuma interrupção no fornecimento.
Por conta do transtorno, as linhas de metrô pararam. O Centro de Controle Operacional informou aos usuários que não há previsão das subestações voltarem a funcionar. Os passageiros foram orientados a buscar transporte alternativo. Quem estava nos vagões, teve que descer e seguir pelos trilhos para as estações mais próximas. O Hospital da Restauração, maior emergência médica do Nordeste, está com energia e não teve maiores complicações em decorrência da falta de luz.
Entre as cidades atingidas, há relatos de falta de energia em Recife, Olinda, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Surubim, Ipojuca, Vitória de Santo Antão, Arcoverde, São Lourenço da Mata, Gravatá, Petrolina, Passira, Cabo de Santo Agostinho e Camaragibe. Os bairros com mais registros de queixas no Facebook e Twitter são Afogados, Candeias, Graças, Setúbal, Estância, Cajueiro, Nossa Senhora do Ó, Pau Amarelo, Jiquiá, Barra de Jangada, Piedade, Imbiribeira, São José, Boa Vista, Boa Viagem, Conceição, Várzea, Casa Amarela, Janga, Aldeia, Tamarineira, Arruda, Cidade Universitária, Tejipió, Jaqueira, Aflitos, Nova Descoberta e Torrões.
Outro clarão
Em outubro passado, outro clarão no céu da Região Metropolitana assustou os pernambucanos. No entanto, a Sociedade Astronômica do Recife esclareceu que o evento se tratou de um bólido da chuva de meteoros orionídeos, proveniente dos rastros de pedregulhos deixados pelo Cometa Halley, vindo da direção da Costelação de Órion. O bólido é um fragmento de matéria sólida que ao penetrar na atmosfera terrestre provoca um brilho intenso seguido por um estrondo. Na ocasião, não houve fata de energia.