Fúria em sua melhor versão
Vicente del Bosque voltou a escalar a Espanha sem atacantes, apesar das críticas quanto ao poder de definição da sua equipe. Mas o que se viu hoje foi bem diferente. Com Fàbregas como "falso 9", a Fúria apresentou uma força ofensiva que só havia mostrado antes contra a frágil Irlanda. Azar da Itália, que mesmo fazendo um bom jogo, acabou castigada.
Os primeiros minutos foram um massacre vermelho. Massacre recompensado aos 13 minutos, quando Iniesta lançou Fàbregas com precisão, e o meia colocou na cabeça de David Silva: 1 a 0.
A Itália não se abalou. Partiu para o ataque de tal forma que conseguiu o histórico feito de partir para o intervalo com posse de bola maior do que a espanhola. De nada adiantou. Em um contra-ataque cirúrgico, Xavi deixou Jordi Alba na cara do gol, e o lateral não tremeu de frente para Buffon.
Não era o dia da Itália: 10 contra 11
À Itália só restava ir ao ataque. Cesare Prandelli, que já havia sido obrigado a mexer com a lesão de Chiellini, substituiu Cassano por Di Natale no intervalo. Aos 10 minutos arriscou a terceira troca, de Montolivo por Thiago Motta, para liberar Pirlo e De Rossi ao ataque. Com quatro minutos em campo, o brasileiro naturalizado italiano sentiu uma lesão muscular na coxa e foi obrigado a deixar o gramado. Outro duro golpe para a seleção italiana.
A Espanha, antes acuada em seu campo, não teve dificuldades para defender o placar. A difícil missão italiana logo se tornou impossível. A Fúria, sem esforço, ainda ampliou o placar com Fernando Torres e Juan Mata. Mas o clima já era de jogo treino. Não era o dia da Itália, e todos em campo sabiam disto.
A Europa voltou a se curvar à Espanha.