
Do maquinário, duas prensas já foram montadas no Japão e devem chegar a Goiana, onde será instalada a fábrica, até o fim do ano. As outras máquinas serão produzidas no Brasil. Tanto para receber esses itens quanto para o escoamento da produção da Fiat, a existência do Arco Metropolitano, que ligará a BR-101 Norte, em Igarassu, à BR-101 sul, na rotatória do Hospital Dom Helder, “é fundamental”, segundo Belini. “Nós dependemos do Arco para escoar a nossa produção e jogá-la para os outros estados e também para esse período de formação. O Arco não pode demorar. O ideal seria que já estivesse pronto no fim deste ano, mas até meados de 2014 já seria razoável”, enfatizou o presidente da Fiat. Ele esteve ontem no seminário “Nordeste - Como enfrentar as dores do crescimento”, promovido pela revista “Carta Capital” no Recife.
Os estudos para a Parceria Público-Privada (PPP) foram conduzidos por um consórcio formado pela Odebrecht Transport Participações S.A, pela Construtora Queiroz Galvão S.A. e Investimentos e Participações S.A e, no momento, seguem em análise pelo Governo do Estado. Por meio de nota, a Secretaria de Governo explicou que há quase três anos está estudando a execução de obras viárias para melhorias do fluxo de toda a Região Metropolitana do Recife. Nesse sentido, surgiu o projeto do Arco Metropolitano, como “solução de curto prazo”, “tendo já sido publicado o decreto para fins de utilidade pública para a desapropriação das áreas a serem utilizadas e o processo de licenciamento ambiental encontra-se em andamento”.
As obras de fundação da Fiat iniciaram na semana passada e, por enquanto, a escavação das fossas de doze metros de profundidade, onde serão instaladas as prensas, já está em estágio avançado. “As estruturas dos galpões também estão bastante adiantadas, ou seja, tudo está dentro do nosso cronograma de obras”, afirmou Belini. Os escritórios de obras, com 20 mil metros quadrados, foram concluídos. A previsão é que toda a construção seja terminada no próximo ano, quando a fábrica deve começar a operar e produzir 250 mil veículos por ano. Já a comercialização dos automóveis está prevista para 2015. O complexo automotivo está orçado em R$ 7 bilhões, incluindo fábrica, pista de testes, centro de engenharia e empresas sistemistas.